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quarta-feira, 18 de julho de 2012

A maconha custa caro

A sociedade brasileira maneja com dificuldade seus recursos destinados à saúde pública. Há contradições curiosas como o fato de a população crescer e crescer também o PIB, enquanto a atenção à saúde encolhe e é transferida à iniciativa privada.

Esta, por sua vez, faz esforços para evitar custos, oferecendo sempre menos do que o contratado. Álcool e tabaco, drogas lícitas para maiores de 18 anos, produzem morbidade que sobrecarrega o sistema frágil de atenção à saúde. As tentativas de controle social têm rendido resultados exemplares com relação ao tabaco.
E isto se dá em todo no planeta, não só no Brasil.

Na mão certa, o Brasil tem sido exemplar no banimento da fumaça do tabaco de ambientes coletivos e fechados. O mesmo não tem conseguido diante do álcool.

O fenômeno econômico da Copa do Mundo tornou explícito o quanto o lado financeiro pode se sobrepor à vontade coletiva já sacramentada no banimento do álcool dos estádios de futebol. O patrocinador maior da FIFA destitui o desejo da Nação e impõe seu preço ao Poder Público para lhe garantir a parceria no evento. Triste. Novamente este não é um fenômeno exclusivo do nosso país. Outras nações se dobraram à vontade econômica e pouco ética do patrocinador. Mas o fenômeno não para por aí.

Voltando nossa atenção agora para medidas liberalizantes relativas ao porte e uso da maconha, no deparamos com o já sabido. A sociedade, sem habilidade para manejar medidas restritivas com as lícitas de maior uso, está em vias de ter de manejar mais uma droga a ser implantada como alternativa lícita.

A glamourização e banalização do impacto da maconha na saúde individual e coletiva têm sido objeto de fervorosa campanha midiática. Um mesclado de ingenuidade, desinformação e ganância vai expondo a sociedade à presença cada vez mais difundida da fumaça da maconha. Um dado fundamental e de domínio do senso comum é o de que a média dos cidadãos recua diante do ilícito ou interdito. Avança, por outro lado, diante da promessa de prazer benigno e isento de punição.

Álcool e tabaco nos ensinam que a teoria do sendo comum é cumprida pelos fatos conhecidos relativos a consumo. Jovens começam a beber em nosso país antes de 13 anos. Fumam tabaco na mesma época e, claro, muito mais do que hoje em dia, agregarão a seu hábito cada vez mais facilmente o uso da maconha.

Inábil em reprimir, o Poder Público libera e entrega ao sistema de Saúde a responsabilidade que as autoridades de Segurança não sabem abarcar. Lamentável, mas teremos cada vez mais e mais cedo indivíduos modelando seu existir pela ação duradoura e empobrecedora, senão incapacitante, da maconha, droga de ação longa e demorado depósito nas gorduras do corpo humano. Dali ela recircula, forjando a atitude de vida que cada vez mais vemos à nossa volta. São cidadãos rendendo para si e para a sociedade maior muito menos do que seu potencial anunciava. Vão sendo levados pela torrente suave da passividade letárgica, mas muito sedutora da maconha. Isto sem, é claro, abdicar do tabaco e do álcool.

Os números atuais de um dígito para uso frequente na grande comunidade, claro que crescerão para patamares semelhantes aos 24% para o tabaco. Todos pagaremos a conta, a exemplo do que fazem hoje os 48% de não usuários de álcool com relação aos problemas produzidos pelos 52% de usuários de bebidas alcoólicas de nosso Brasil. Apesar de tudo, viva a copa! Viva o Brasil!
Carlos Salgado - Conselheiro da ABEAD e Psiquiatra da Unidade de Dependência Química do Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Projeto Cerquilho sem Drogas em nova etapa


Dando continuidade ao trabalho de prevenção do PROMED, este ano 700 alunos do ensino médio estão participando do projeto Cerquilho sem Drogas, sendo que os alunos do 1º ano do ensino médio das Escolas Bernardes e Vitória estão entrando na fase 2, com o segundo livro “Droga: disfarce irresistível” , de Laila Maffra.
Esta segunda etapa contará também com um encontro da autora com os alunos e com os pais, previsto para o 2º semestre.
Ao todo, mais de 4 mil alunos já participaram do programa preventivo.
Além da leitura dos livros, este ano o projeto contará com palestras diferenciadas, através de dramaturgia buscando a sensibilização dos adolescentes para o tema.
“Prevenir é sempre o melhor remédio. Estamos com vários dependentes químicos no projeto Casa Dia, do PROMED, e testemunhamos diariamente o quanto é difícil abandonar as drogas. Neste sentido, nosso objetivo,  através deste trabalho de prevenção, é  fazer com que os jovens saibam fazer suas escolhas quando se depararem com as drogas, e optem por uma vida sem elas.”  O projeto também tem um bate papo com os pais, orientando-os na educação preventiva dentro de casa. “Buscamos que cada família adote o lema de não deixar a droga entrar em seus lares e fornecemos informações úteis neste sentido”, informou a psicóloga Patrícia Cláudia Rodrigues, gestora da assistência social municipal.



terça-feira, 5 de junho de 2012

Técnica combate abstinência de dependentes de cocaína

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/06/tecnica-combate-abstinencia-de-dependentes-de-cocaina.html

Especialista defende que dirigir alcoolizado é um problema de saúde pública

Durante a primeira parte da audiência pública sobre a Lei Seca (Lei 11.705/2008), José Mauro Braz, da Associação de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tratou como um problema de saúde pública a combinação do consumo de álcool e direção.
Ele destacou dados do Ministério da Saúde que estimam em 40 mil mortes por ano as causadas por uso de álcool no trânsito. “É um número muito grande para a sociedade não responder à altura diante de uma verdadeira calamidade. É um número de mortes muito maior do que ocorre nas guerras, muito maior do que as calamidades por doença que enfrentamos no nosso dia-a-dia”.

O médico destacou que o consumo de álcool no Brasil corresponde à produção nacional, uma vez que o país está em primeiro lugar na fabricação de bebidas destiladas e é o terceiro maior produtor de cerveja.
Segundo ele, não se trata de "demonizar" a bebida alcóolica, mas de "chamar a atenção para questões que podem ser tratadas no nível da prevenção, da informação, da educação, da conscientização e, aí sim, da direção sob efeito do álcool, da fiscalização e da punição”.

Segundo ele, esse é um tema complexo e que necessita de um programa de atenção integrada.“Só assim poderemos minimizar um pouco essa questão”, afirmou.

Detran-DF
Na sequência das exposições desta segunda-feira, na audiência pública, o diretor de Policiamento e Fiscalização do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, Nelson de Freitas Leite Junior, afirmou que “quem bebe fica agressivo e audaz no volante”.
Ele destacou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que apontam 1,2 milhão de mortes por ano em decorrência de acidentes de trânsito e mostrou que 11% da população no Brasil é dependente de álcool.
Destacou ainda que 60% dos acidentes têm envolvimento com álcool, sendo que a maioria das vítimas tem idade entre 18 e 25 anos que, segundo Nelson Freitas, é justamente a faixa etária que mais causa acidentes de trânsito no Brasil. “Portanto, dirigir após ingerir bebida alcóolica ou qualquer outra substância psicoativa é considerado comportamento de risco, e comportamento de risco é transgredir a lei e, em especial, a lei da vida”, afirmou.
O representante do Detran-DF destacou que a ONU (Organização das Nações Unidas) estipula três óbitos por ano para cada 10 mil veículos como um índice aceitável e recomenda que todos os países sigam essa meta de diminuição e de controle de violência no trânsito.
Segundo ele, a Lei Seca ajudou o Distrito Federal a se aproximar desse índice, pois registra 3,5 mortes para cada 10 mil veículos. “Tenho certeza de que vamos continuar baixando esse número”, afirmou ao destacar que há quatro meses consecutivos, desde dezembro passado, “o DF vem numa média de redução de 26% nos óbitos e nos acidentes fatais. É um dado muito importante que nos estimula a continuar a fiscalizar”, finalizou.
Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=206746

terça-feira, 29 de maio de 2012

Projeto Escola Sem Drogas

O Projeto Escola Sem Drogas está trabalhando os 2º e 3º anos da Escola Victória. Na segunda-feira (28), foi realizada a reunião com os professores.
Já no dia 4 de junho será a vez das mesmas séries da Escola Bernardes receber o projeto.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Força Tarefa reúne órgãos assistenciais e parceiros em um novo Projeto – Buscando Caminhos


Na última terça-feira (22), foi realizado um trabalho conjunto entre a Administração Pública Municipal, através do CREAS e entidades assistenciais do município, com a finalidade monitorar e assistir os moradores de rua em Cerquilho.

Esse trabalho vem sendo realizado há alguns meses, quando ocorreram algumas reuniões entre representantes de entidades assistenciais e órgãos de segurança do município e nesta data foi realizado o trabalho de campo, face ao  notório aumento de pessoas moradores de ruas, os quais se concentram principalmente em praças.

O trabalho, inicialmente, consistiu numa triagem e identificação dessas pessoas, que por motivos pessoais optaram por ficar na rua, muitas vezes ingerindo bebidas alcoólicas e pedindo esmolas.

Será realizada semanalmente, abordagem nas praças e locais de permanência dos indivíduos, o qual serão encaminhados para a higienização (banho, corte de cabelo barba e unhas, troca de roupas), será fornecido almoço e após avaliação social para encaminhamentos necessários.Nesta primeira abordagem 50 % dos casos foram resolvidos.

O trabalho conjunto será realizado com freqüência, não só na tentativa de encaminhar esses cidadãos, como também como tentativa de resgatar a auto-estima, dando-lhes a atenção devida como ser humano.
Orientamos à população que evitem dar dinheiro a essas pessoas, pois a maioria usa este recurso com a finalidade de adquirir bebidas alcoólicas, ficando embriagadas a maior parte do tempo e quando forem abordados por pedintes, os oriente a procurar órgãos assistenciais, onde receberão ajuda necessária.

Estão envolvidas no trabalho as seguintes entidades:
COMAD (Conselho Municipal Anti Drogas) Presidente - Elaine de Oliveira – Fone: 3384-1154.
CREAS (Centro de Referencia Especializado de Assistência Social) Coordenadora Simone Feher Bellucci –; Fone: 3384-1154.
Ação Social Católica de Cerquilho – Comunidade ECOO (Esperança, Coragem, Obediência e Oração) – Conselheiro COMAD). Anderson Felipe Ricon; Fone: 15- 9759-6982 / 9781-2977;
Conselheira Tutelar – Marli Mari - Fone: 3384-4381
Guarda Civil Municipal Cerquilho – 199 – 3284-1190 / 3384-4037 e
Evangélica Presbiteriana - Conselheira COMAD Pastora Elaine Aparecida Falci Roberto
As entidades que já vem realizando trabalhos semelhantes e que queiram somar forças em prol de um só objetivo procurem o COMAD e juntos venceremos esse novo propósito.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Grupo de tabagistas terá início nesta segunda (6), no CREAS


Nesta segunda-feira (6), tem início o grupo de apoio aos tabagistas, desenvolvido pelo Programa Municipal de Enfrentamento as Drogas (PROMED). As inscrições ainda podem ser realizadas no CREAS, localizado na Rua da Fazendinha, 219, centro.
O grupo terá encontros uma vez por semana e acompanhamento permanente com médico, psicólogo e enfermeira. Não serão utilizados medicamentos. A previsão de tratamento é de três meses.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (15) 3384-1154.