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quarta-feira, 27 de abril de 2011

PROMED inicia novas atividades com sucesso

O PROMED, sob coordenação da psicóloga Patrícia Rodrigues, iniciou novas atividades esta semana.

O Programa Municipal de Enfrentamento às Drogas inaugurou um novo módulo de trabalho: PROMED vai até você. Este novo módulo é composto por palestras desenvolvidas pelas técnicas sociais Simone Bellucci, Graciane Martin, Mariana Stefani e Ana Carolina Tassi que estão sendo ministradas nas escolas do município e para a população em geral.

Nesta semana, o PROMED foi à Cooperativa Educacional de Cerquilho/Anglo, ministrar palestra para mais de 200 alunos estudantes do 6º ano ao 3º ano do ensino médio.
Também esta semana, os alunos da EMEF “Professora Marina Bordenalle Pilotto Gaiotto”, receberam o livro "Droga Disfarçada de Estudante" para início do módulo preventivo Cerquilho sem Drogas, que este ano vai atingir 3200 alunos de toda a rede pública de ensino.

Saiba mais sobre o PROMED

O Programa Municipal de Enfrentamento às Drogas foi implantado em setembro de 2010 e realiza atendimento na área de dependência química no município de Cerquilho. Trabalha a prevenção através dos módulos Cerquilho sem Drogas, com o apoio da Secretaria de Educação que permite acesso aos alunos da Rede Pública, e agora o novo módulo PROMED vai até você, com palestras preventivas para alunos de escolas particulares, pais e população em geral. Realiza grupo de apoio aos dependentes químicos e seus familiares, além de realizar atendimento-dia em sua unidade com oficinas diversas de recuperação e reinserção social.

Hoje, mais de 150 pessoas são atendidas mensalmente  no PROMED. "A dependência química é um problema que devemos enfrentar. Ações como as desenvolvidas pelo PROMED auxiliam no enfrentamento desta problemática. O dependente químico é marginalizado e o PROMED existe para oferecer a  oportunidade de um recomeço." disse o prefeito Du Pilon.

O PROMED funciona na Rua da Fazendinha, 219. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (15) 3384-1154, através do e-mail promed@cerquilho.sp.gov.br ou aqui no blog.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Cientistas identificam gene ligado ao consumo de álcool

Estudo contou com mais de 47 mil voluntários. Uso exagerado da bebida mata 2,5 milhões em todo o mundo por ano.
Da Reuters
Cientistas identificaram um gene que parece ter papel na regulação de quanto álcool uma pessoa bebe. Eles dizem que a descoberta poderia ajudar na busca por tratamentos mais eficazes contra o alcoolismo e as bebedeiras.

Em um estudo com mais de 47 mil voluntários, uma equipe internacional de cientistas descobriu que pessoas que possuem uma rara variante de gene chamado de AUTS2 bebem em média 5 por cento menos álcool do que as com a variante mais comum.

O gene AUTS2, também conhecido como "candidato 2 de suscetibilidade ao autismo", havia sido previamente relacionado ao autismo e à desordem de hiperatividade do déficit de atenção (ADHD), mas sua função real não está clara, disseram os pesquisadores.

"Claro que há uma porção de fatores que afetam o quanto de álcool uma pessoa bebe, mas nós sabemos que os genes desempenham um papel importante", disse Paul Elliott, do Imperial College de Londres, que integrou a equipe do estudo.

"A diferença que este gene particular produz é somente pequena, mas ao encontrá-la abrimos uma nova era de pesquisa."

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso prejudicial do álcool resulta em 2,5 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Esse é o terceiro maior fator de risco no mundo para doenças como desordens neuropsiquiátricas, como é o caso do alcoolismo e epilepsia, bem como doença cardiovascular, cirrose do fígado e várias formas de câncer.

Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College, de Londres, disse que a combinação de estudos genéticos e dados comportamentais deve ajudar os cientistas a compreender melhor as bases biológicas dos motivos pelos quais as pessoas bebem, algumas delas em excesso.

"Este é um primeiro passo importante em direção ao desenvolvimento da prevenção e tratamentos de abuso e dependência de álcool", disse ele.

No estudo, publicado na revista da "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS, na sigla em inglês), a equipe analisou amostras de DNA de 26 mil voluntários em busca de genes que parecem afetar o consumo de álcool e depois checou suas descobertas em outras 21 mil pessoas.

Em uma parte da pesquisa, depois de identificar o AUTS2, os cientistas analisaram o quanto o gene era ativo em amostras de tecidos do cérebro. Eles descobriram, então, que as pessoas com a variante do gene relacionada ao menor consumo de álcool tinham uma atividade maior no gene.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/cientistas-identificam-gene-ligado-ao-consumo-de-alcool.html

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Afogar “mágoas” com bebida leva jovens ao alcoolismo mais depressa

Diego Maldonado, o menino bonito e rico da novela Rebelde, usa a bebida como “válvula de escape” para esquecer a tumultuada relação que tem com o pai, um poderoso empresário que não aceita o lado artístico do filho.
Quem diz isso é o próprio Arthur Aguiar, o intérprete do protagonista, em entrevista exclusiva ao R7.

Diego nasceu em uma poderosa família de políticos e empresários bem-sucedidos. Com uma vida bastante confortável, teria tudo o que quisesse se não fosse desprezado pelo pai – um homem poderoso que não tem tempo para ele, nem para a mulher.
Além da distância física, Diego sente também o desgosto do pai pela sua personalidade. Ele quer que o filho siga seus passos, mas Diego gosta de música, não de negócios. Para tentar atrair o pai, o rapaz passou a exagerar na bebida alcoólica e viver situações perigosas.
- Ele bebe para chamar a atenção do pai. Pode ver, sempre quando ele é desprezado pelo pai, ele bebe.
Arthur, que tem 22 anos, e é bem diferente de seu personagem, diz que nota vários “Diegos” em outros jovens. Para encarar o mauricinho, tem ido aos bares cariocas com os amigos para observar como meninos e meninas se comportam a mesa. Exageros, segundo ele, dão o tom na maioria.
- Os jovens hoje bebem demais por qualquer coisa e acham que só podem se divertir assim. Eu não preciso beber para me divertir, bebo só socialmente e nem em todos os fins de semana, como a maioria faz.
Ex-nadador profissional, o carioca acha o comportamento de Diego preocupante, mas entende que o problema é emocional.
- Talvez se o pai desse atenção para ele, o Diego não precisaria fazer tudo aquilo. Ele já tem feito coisas perigosas, como pegar o carro bêbado e bater.

Arthur não sabe ainda se Diego se tornará um alcoólatra, mas assegura que seu personagem vai aprontar muito mais por aí.
Alcoolismo na juventude
Ser um alcoólatra quando jovem implica em problemas até mais graves do que quando se é adulto. Isso porque o abuso do álcool pode alterar o sistema nervoso que ainda está em formação. O resultado: causa dependência de forma mais rápida e destruidora do que em pessoas maiores de 21 anos, segundo Sérgio Duailib, especialista em dependência química e doutor pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
- Quanto mais precoce se inicia o consumo de álcool, mais cedo a bebida vai atingir o sistema nervoso. Essa estimulação precoce leva à repetição do comportamento de forma bem mais frequente do que em um cérebro de um adulto, que já está totalmente formado e preparado para receber e reagir a esses estímulos.
O resultado das bebedeiras tende a influenciar de forma crítica o aprendizado e a vida social desse jovem.
- A dependência leva à tolerância da bebida e esse jovem vai precisar cada vez mais dela para conseguir o mesmo efeito. Isso vai levar à queda do rendimento escolar e alteração do comportamento.
Qual é o limite?
O limite entre beber muito para se divertir ou para afogar as mágoas é bem tênue se comparado entre pessoas que bebem por vício, como um alcoólatra, explica o psiquiatra Pedro Katz, diretor técnico do SAID (Serviço de Atenção Integral ao Dependente), do Hospital Samaritano em conjunto com a Prefeitura de São Paulo.
Segundo o especialista, beber várias vezes por semana, ou voltar alcoolizado das últimas reuniões com amigos, já podem ser considerados fortes indícios de abuso do álcool.
Entender como isso acontece nem sempre é fácil. São vários os fatores que levam os jovens a beber demais e, por consequência, se tornarem alcoólatras. Um deles, segundo Katz, é achar que o uso esporádico do álcool é normal até dentro de casa. Isto é, assim como Diego, a família pode ter papel importante nesse comportamento.
- É a banalização do consumo que mais preocupa. Um exemplo é a apresentação da bebida pelos próprios pais ou por amigos cujos pais autorizam e incentivam, sem lembrar que o jovem busca sensações de prazer ou vive sob pressão de um grupo.
É comum também, segundo ele, jovens abusarem da bebida para ficar mais desinibidos, preencher vazios existenciais, quadros de ansiedade, e mesmo uma depressão. E quanto maior for a frequência, maior a chance desse jovem se tornar dependente.
Diante desses fatores, Katz orienta aos pais a ficarem atentos ao comportamento dos filhos e saber quem são seus amigos.

Katz finaliza:

O adolescente é muito mais impulso do que emoção. Com eles tem que se buscar primeiro uma questão motivacional, trabalhar com reforços positivos, e descobrir se ele sofre de outros quadros como ansiedade, déficit de atenção ou depressão, antes de tratar.

Tratamento:
O alcoolismo juvenil deve ser tratado. O ideal é procurar um serviço especializado, como o PROMED, em Cerquilho.

Fonte: Blog Dependência Química – UNIAD – Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas.